domingo, 1 de janeiro de 2012

Crônica - Ano V - Nº 175 - "2012: arriscar mais ainda"

01/01/2012. Início de um ano esperado por muitos e temido por outros (acabei de ler notícias sobre seitas "profetizando" o fim dos tempos... no comments). Luta nova à vista, expectativas renovadas.

Na virada de 2010 para 2011 o "slogan" era de que 2011 surpreenderia. E surpreendeu: viagens (Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife) conheci muita gente nova em sampa e em minhas viagens; foi um ano de muito trabalho e recompensas na Escola, nos estudos. A família se solidificou. Os amigos por perto. O coração a mil (tá, não foi um ano tão bem sucedido assim nesses assuntos: acho que bati em algumas portas fechadas... mas bati!). Propósitos, ideias, sonhos. Enfim... 2011 cumpriu à risca seu slogan passado. Mais um ano com Deus e nossa tabelinha funcionando diariamente.

Apesar disso, o que mais mais surpreendeu em 2011 é que ele foi um ano de "riscos". De ir mais atrás, de fazer apostas, de bancar o time do Santos de 2010: nada de defesa, ao ataque. E funcionou: ir ao ataque, apesar dos gols tomados e de eventuais "torcidas contra" - as quais literalmente ignorei - foi uma baita estratégia. Não fosse isso, os "prêmios" de 2011 que listei acima não teriam se materializado.

Logo, o "slogan" para 2012 é: arriscar mais ainda, pra conseguir mais prêmios, mais histórias e pessoas, para cantarolá-las em verso e prosa quando for a virada para 2013. Não vou estabelecer aqui planos: definitivamente, 2011 me ensinou a viver um dia de cada vez e deixar de canto as visões sonhadoras e futuristas ao extremo (melhor dosá-las com calma). Mas fica claro que o que vem pela frente requer uma postura cada vez mais agressiva e combativa, de ir pra cima e ousar mais do que o ano que passou. 

O ser humano, apesar de parecer mais ousado (vide as campanhas e passeatas, os protestos, as revoltas mundiais que marcaram 2011), vem perdendo algo que lhe é essencial: sua própria essência de ser humano. A cada ano que passa, aumentam o número de pessoas deprimidas, solitárias, capazes de cometer atrocidades (quantas não foram relatadas aqui na linha do tempo do Face, não?), ou que simplesmente... pararam de amar ou não querem amar. Não falo amar aqui somente no sentido relacionamento: falo amar no sentido de olhar para o próximo, se preocupar com ele, de sorrir, responder com um sorriso ou um bom-dia, de apreciar e amar um dia ensolarado, uma chuva refrescante, um pôr-do-sol ou os recantos escondidos da cidade. E são essas pessoas que acabam por estabelecer como prioridade os projetos visando o próprio umbigo, os objetivos pessoais ao extremo, o meio se tornando fim. Resultado: isolamento, gente ranzinza e "reclamona", horizontes limitados ou voltados ao meramente material, falsidades e frustrações, tristeza, nada.

A nossa vida, lembrando dos anos de Técnico em Eletrônica, é 0 ou 1, binária: ou se avança, arrisca... ou se fica na defesa, e retrocede. Abre-se um ano de oportunidades para todos nós de corremos riscos, de ousarmos, de amarmos mais e fazer valer o preceito que basta (isso Cristo mesmo disse, não são necessárias explicações). A vida nova (luta nova) que nos propusemos para 2012, e inclusive o futuro da humanidade, acredite, depende da propagação dessa audácia arriscadora para os que estão perto de nós. Uma audácia cabeça no lugar, com prudência - as duas não se anulam, na verdade são complementares - que faça o ser humano sair da casca e dos simulacros de felicidade, e ir atrás dessa verdadeira felicidade, a que preenche o coração.

Que em 2012 arrisquemos mais, ousemos mais, amemos mais aos que estão ao nosso redor e coloquemos mais o coração na ponta da caneta, do giz, dos livros, da chuteira... O que você tem para arriscar em 2012? Que riscos você não queria correr, mas tem que correr? Que coisas grandes e que valem a pena estão dependendo agora, já, exatamente de sua audácia? Bora arriscar?

UM FELIZ 2012 cheio de arriscares (=conquistas) para todos nós!      

São Paulo, 01/01/2012. W.E.M.

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