segunda-feira, 1 de junho de 2009

Crônica - Ano II - Nº 80 - "Livre para voar: os sonhos"

Uma das características que faço sobre minha pessoa em meu blog é de que tenho muitos sonhos. E na última semana um importante passo foi tomado rumo à realização destes sonhos...

Depois de onze anos dividindo o estudo com o trabalho (trabalho desde 1998, quando comecei no bazer da familia que hoje não existe mais), tomei uma decisão drástica e saí de meu trabalho. Darei, pelos próximos sete meses, dedicação exclusiva para meu estudo e pesquisas, além de me preparar para a Licenciatura (os concursos vêm aí...). Tava duro levar o trabalho com esses sonhos, e um cansaço bateu nos últimos tempos. Agora, livre para voar!

Há um conhecido amigo meu que é um astrólogo de "mão cheia": (coloco entre aspas porque não acredito nessas coisas). Mas certa vez, ele disse uma característica do aquariano que bate comigo: o aquariano é um sonhador. Vê quilômetros adiante. Faz planos.

Mas essa característica de sonhar não pode ser exclusiva do aquariano. Sonhar caminha com diversas virtudes: o otimismo, a esperança, a paciência, a perseverança. Não falo aqui da pessoa avoada, que fica borboleteando em sua mente e nada faz na prática: falo dos bons sonhadores, isto é, daqueles que possuem aspirações nobres e lutam na vida real para torná-las realidade.

O sonho, quando encarado não de maneira quimérica como citado no parágrafo anterior, é um sinônimo para o objetivo. Quando saltamos da cama temos objetivos a serem cumpridos. Ao nos dirigirmos para a faculdade ou para o trabalho, direta ou indiretamente estamos caminhando um pouco para tornar real um sonho (um cargo melhor, um salário convincente, um diploma, o prestígio profissional ou acadêmico, etc...). O sonho é combustível para o deslocamento de grandes distâncias ou atitudes ousadas: neste sábado assisti um documentário sobre um desbravador inglês, Shackleton, que partiu com cerca de 40 tripulantes rumo à Antártida em 1914, sem temer o frio ou mares desconhecidos e agitados, em busca de um sonho: pisar no continente antártico com a bandeira inglesa (infelizmente esse objetivo não foi concluído, mas resultou em um dos maiores testes de sobrevivência humana de todos os tempos - seu navio encalhou no mar antártico, e toda a tripulação passou quase dois anos lutando pela sobrevivência. Todos sobreviveram após ousadas investidas rumo à terra firme! Convido vocês a conhecerem a história toda!). Portanto, sonhar permite buscarmos algo a mais todo dia em nossas vidas.

É difícil, talvez impossível, achar alguém que não tenha um sonho. Todos nós levamos em nossas almas um objetivo a concretizar, mesmo que a longuíssimo prazo. Se pararmos para pensar, os grandes feitos da humanidade foram proezas de grandes sonhadores, que viram no papel ou na mente aquele projeto e levaram avante o "delírio". Já pensaram se Santos Dumont achasse um devaneio construir o avião, Newton achasse besteira pensar na gravidade ou Michelangelo recuasse na pintura da Capela Sixtina? Todos esses, assim como outros personagens, colocaram o sonho na frente do pé-no-chão e levaram adiante seus projetos e objetivos.

Se temos sonhos, não nos assustemos. Mesmo Deus foi um grande sonhador, quando ousou criar o universo, e embutiu no caráter humano o potencial de sonhar. O importante é conciliar com o ato de sonhar alto à prática. Como diz o manjado ditado, nada cai do céu: os grandes feitos tiveram o sonho como ponto de partida, mas também tiveram em concomitância bons e dedicados tempos à construção dos sonhos: tempos de estudo bem feitos, trabalhos bem acabados, um presente comprado, um telefonema ou carta, cálculos bem executados, etc. O sonho deve andar de mãos dadas com a prática.

Portanto, sonhe! Voe alto, e ao mesmo tempo caminhe com passos firmes em terra. Pois para os bons sonhadores, como vimos, não há missão impossível, com certeza!

São Paulo, 01/06/2009. W.E.M.

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