domingo, 12 de abril de 2009

Crônica - Ano II - Nº 73 - "Eternidade"

Páscoa! A maior festa da Cristandade! Dia que, de tão importante, se estende até o próximo Domingo! Um dia com 192 horas de duração!

E um dia que traz à nossa lembrança o que significa ser cristão: é ter sede de Eternidade! Afinal, com a Páscoa, lembramo-nos de que nos foi aberta as portas do Céu!

Se você quer deixar alguém bem embaraçado no falar, indague sobre o "post-mortem". Cansei de ver entrevistas de gente famosa despistando sobre o assunto, ou declarando seu medo de morrer (isso comentei numa crônica passada). O que vem depois é um assunto que incomoda muita gente. Aliás, essas pessoas acabam por maquiar este assunto, se entregando a qualquer coisa que aparece na frente, pois "não se sabe o dia de amanhã: e se eu não aproveitar agora?".

Quantas pessoas se entregam a projetos humanos, põem esperança num diploma ou cargo, ou ainda em notas de cem, achando que esses são os fins de suas vidas? A importância disso tudo é indiscutível, porém esses ganhos são meios, e não fins de nossa vida. Elas devem ajudar a chegar na tal felicidade, e não ser a própria felicidade.

E essa felicidade passa pela sede de Eternidade. Como é bom acordar todos os dias sem ter medo do que vai acontecer no final dele, pois "o melhor está por vir". É ótimo saber-se amparado na hora da morte pela esperança de um Infinito, do Céu, que saciará sem saciar! E o melhor: saber-se 24 horas cercado e podendo contar com um Pai que não abandona, sabe o que é melhor pra nós e é capaz de cometer a mais descabida loucura por nós. É Deus, é Cristo. Vide a Cruz: foi ou não uma loucura? E por ela ganhamos o Céu...

Esta crônica é uma mensagem-homenagem para todos que tem sede de Eternidade. A Páscoa é nosso dia! Cremos sem pestanejar, lutamos por ter o Céu, olhamos as coisas com olhar tridimensional, que não fica no plano terreno, mas transcende. Esses com sede de Eternidade não olham as pessoas como objetos ou brinquedos, mas como Gente com "G" maiúsculo. Não gostam de brincar com fogo nem curtem curtir uma com a cara de seu Pai: procuram respeitar ao máximo o que Ele tem a dizer ou opinar sobre qualquer assunto. Priorizam a virtude ao vício, e se recebem a alcunha de "quadrados" dos que vão pela contramão, não ligam pois são prudentes: sabem da segurança do caminho que empreendem e de como é perigoso o outro caminho, mesmo repleto de alegrias "instantâneas", porém pouco duradouras.

Jamais abaixemos a cabeça para os que fazem troça desse caminhar de tanta luta e grude em Deus. Esses que fazem troça ou que preferem apostar na dúvida ou em caminhos tortuosos cheios de intrigas, murmuração, rancor e egoísmo um dia irão ficar frente a frente com a realidade da Eternidade. Chegará o momento de trombarem com o final da estrada que escolheram percorrer, e rezo todos os dias (te chamo também para se unir a essas orações) para que o final seja positivo. Quem aposta na vitória da Páscoa não treme diante dessa estrada: segue rumo a um porto seguro, e quando fica sabendo que a estrada é árdua e cheia de obstáculos, encara-a sem receios, pois sabe-se bem amparado. Já os que preferem dar um cavalo-de-pau na estrada: uma hora, "Crash"!

Aos que leram esta crônica e podem tê-la achado piegas ou "fervorosa" demais, conforme uma alcunha que vi alguém tecendo nesta última semana para um amigo que dizia assistir o Tríduo Pascal todo ano: talvez esta Crônica de Páscoa tinha que ser piegas, mesmo. A Páscoa, como bem diz o filme, é uma festa cristã "onde os fracos não têm vez". É data para quem crê em Cristo bater no peito e dizer: "eu tenho fé e acredito no Pai Eterno", e dar um tapa com luva de pelica nesses que achavam (e acham) que a fé sucumbiria e que fazem de tudo para ela ser banida ou jogada para as catacumbas. Hora de nós, "sedentos do Eterno", dizermos a estes: "vocês perderam feio!".

FELIZ PÁSCOA para nós! E com Deus e de olho nEle, rumo ao Eterno! Ou você prefere ficar aí, na beira de um caminho sem perspectivas? Como minha vó bem diz: "larga de bubiça"!

São Paulo, 12/04/2009. W.E.M.

Nenhum comentário: