segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Crônica - Ano I - Nº 48 - "A Semana da Esperança"

Brinco que esta semana que começa poderia ser chamada de Semana da Esperança.

Por quê? Por dois motivos que coincidem no dia 12 de Outubro: o Dia das Crianças e a festa de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.

Criança. Ah, amigos, não tem um campo específico para expressar isso no Orkut, mas aqui está alguém que adora crianças. Derreto-me perante um pequenino ou pequenina. No dia das eleições, ao sair do local de votação, vi uma menininha de no máximo três anos, grudada à mãe, com cabelo lisinho e o "naninha" na mão, dizendo: "Mãe, vamo votá?". E vi essa cena se repetir durante a permanência na escola onde eu voto.

E qual o motivo deste derretimento de minha parte? Não consigo imaginar maldades no semblante de uma criança. A candura no olhar e nos gestos, a inocência de se perguntar o que talvez muitos adultos não perguntariam, o cair depois de um tombo, chorar... e ir cair de novo: é apaziguante uma cena destas. Está estressado? Uma sugestão: vá até um local onde estão crianças brincando e simplesmente... olhe. Eu te garanto que o estresse ficará para trás e a lembrança em coisas boas virão à sua mente.

Não discordo da frase: "as crianças são a esperança da nação". Eu a ratifico, se houver por trás uma boa educação, um esforço real de pais, professores, parentes por querer torná-las adultos de caráter. Não é segredo para ninguém que os países com melhor desempenho socioeconômico são justamente países onde a educação e a aposta começou cedo, nas crianças. Um adulto bem-sucedido em qualquer área teve por trás, com certeza, uma educação desde o berço ou, se não foi assim, a companhia em algum momento de pessoas que souberam arriscar as esperanças naquela criança de outrora.

Também é preciso considerar o fato de que os adultos mais varonis são aqueles que tem uma boa dose de criança. Não a criança mimada, chorona, que esperneia e bate quando repreendida, mas sim a criança que chora, mas engole as lágrimas e vai de novo; a criança que pisa na bola, mas vai com a maior cara de pau do mundo, pede desculpas para o pai, e vai de novo à luta; adultos que sabem sorrir, ser otimistas, que tem amigos, se divertem... enfim, que não ficam na sisudez. É assim que Jesus fala ao ser humano, quando diz "só quem tornar-se pequeno como esta criança irá para o Reino dos Céus" (Mt 18, 1-5).

E também é semana da Esperança por ser semana de Nossa Senhora Aparecida. "Spes nostra", Esperança nossa! Ano passado, na visita do Papa ao Brasil, tive a oportunidade de quebrar um tabu de 16 anos sem visitar a Basílica, em Aparecida. Eu digo a vocês: É Demais ser amparado por uma Mãe com M maiúsculo (não é à tôa a coincidência de datas entre o Dia das Crianças e a Festa da Maior das Mães), que nos ouve nas alegrias e tristezas, te dá ânimo pra jornada do dia seguinte, e que te ensina com o exemplo pessoal como ver a mulher na sociedade atual.

Não terei oportunidade de ir até Aparecida neste ano, mas com certeza, neste 12/10, irei homenagear A Mais Bela das Mulheres visitando alguma igreja de Nossa Senhora Aparecida. E assim, renovar minha esperança, justamente com Ela que é uma esperança e tanto na estrada da vida, pode tanto diante de Deus e de seu filho, Jesus Cristo.

Eis minhas justificativas para a Semana da Esperança. Tenho minhas esperanças diárias, e creio que você também as tenha. Não tenha medo de sonhar alto: aprenda das crianças, que não tem receio de fazer aquela algazarra para conseguir o que tanto almeja, e aprenda de Nossa Senhora, que não deixa os mais ínfimos sonhos esmorecerem, quando pedimos seu auxílio diante do Criador. Aproveite a Semana da Esperança, e junte-se ao time dos que não tem medo de sonhar e obter as jóias que cruzam repentinamente seu caminho (assim como cruzaram o meu).

Santo Agostinho diz: "Dois homens olharam pela grade da prisão: um viu a lama, o outro, as estrelas". Vamos olhar para cima, nesta Semana e sempre?

São Paulo, 06/10/2008. W.E.M.

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