terça-feira, 16 de setembro de 2008

Crônica - Ano I - Nº 45 - "Audácia"

Meus caros, no ano passado pude falar sobre uma importante virtude: a prudência. Agora quero falar sobre uma virtude não menos importante que ela e que, à primeira vista, pode soar como "sua virtude oposta": a audácia.

Como caso prático, vou usar aqui das propagandas eleitorais dos partidos nanicos e seus candidatos a prefeito. É muito, mas muuuuuuuuuuiitooooo provável que os candidatos a prefeito dos partidos de menor expressão sequer atinjam 1%. Entretanto, é de se louvar a audácia com que eles se lançam à candidatura: poucos recursos, tempo escasso, desconhecimento. Mas vão à luta, acreditando que o 0,00000001% de chances que têm para serem eleitos vai sair.

E, tal como com esses candidatos, a audácia está presente em nossas vidas. Importantes decisões e passos dependem diretamente de uma atitude corajosa, audaz. Eis alguns exemplos: pedir alguém em namoro ou casamento (quanto não há de "suor", antes de tal ação...), mudar de trabalho ou de cidade, investir financeiramente... até mesmo levantar da cama, naquele dia gelado de inverno, depende da audácia.

O homem e mulher audazes não conhecem a palavra "impossível", e vão de encontro aos empecilhos, lutando ao máximo por batê-los. Não se intimidam perante um desafio ou uma conquista difícil: vão à luta. Mesmo que os resultados possam ser negativos, o que não é raro.

A luz que está iluminando o seu quarto, neste momento; o carro ou ônibus que te leva e traz; esta casa própria... todos eles, exemplos de audácia eficaz. Imaginem se os inventores ou construtores dessas empreitadas não apostassem em seu taco, não tirassem o plano do papel? Não teríamos nenhuma dessas invenções, e as obras antes possíveis estariam limitadas a um singelo pedaço de papel. Triste, não?

E digo mais: o audacioso é, sim, prudente. Afinal, a boa audácia depende muito de um pensamento reto, decidido e passado por uma boa reflexão. Prudência e audácia não são contrapostas, mas sim justapostas: uma depende da outra, para ser virtude em totalidade.

Pois bem, sejamos audazes! Ouvi uma frase durante essa semana, que pode explicar o que significa a audácia: "quem não arrisca, não petisca". Do contrário, tabus pessoais não poderiam ser quebrados, e estaríamos condenados à deriva, em nossa passagem pela Terra.

Lembremos: de um acertado e audacioso agir, dependem o êxito de muitas coisas grandes, e talvez antes impossíveis! E que possa ser este o nosso lema, hoje e sempre: "Si, se puede!" (Sim, é possível).

São Paulo, 14/09/2008. W.E.M.

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