sexta-feira, 4 de julho de 2008

Crônica - Ano I - Nº 36 - "Muralha"

Está chgando mais uma edição das Olimpíadas. Desta vez, em Pequim, na China (ô país falado nos últimos tempos, hein???).

E, quando eu me lembro de China, minha mente não pode deixar de apontar para um de seus grandes marcos: a Grande Muralha da China, visível até do espaço, com seus 5000 quilômetros...

Mas não estou, nesta crônica, querendo falar sobre a muralha da China, ou a própria China. Talvez em Agosto, com as Olimpíadas, eu fale. Mas só utilizei-me da Muralha da China pra poder falar de outra muralha, tão próxima de nós.

É a muralha do companheirismo dos amigos, parentes, amores e etc.

Um dos lemas que trago comigo, dentre vários que vira e mexe eu solto para os amigos, é o de que "o irmão ajudado por outro irmão é tão forte quanto uma cidade amuralhada". Pra quem não sabe, na Idade Média era costume as cidades serem cercadas por grandes muralhas, pra impedir a invasão do inimigo. E o mesmo acontece conosco, em nossas relações interpessoais.

Quando cultivamos um sentimento e relações fortes com os que estão ao nosso lado, só podemos ter a certeza de que estaremos sempre bem cercados na hora de qualquer atividade. Nunca iremos caminhar sozinhos, e uma mão amiga, duas... várias, aparecerão para executarmos aquela tarefa que seria difícil, se fosse levada a cabo solitariamente.

Acabo de ver um caso, ao ler o jornal on-line (quem não tem jornal em papel, caça com jornal virtual, mesmo), de uma mulher que sofria com as sessões de hemodiálise, depois que seus rins pararam de funcionar (tive um tio já falecido que fazia essa terapia. Não desejo pra ninguém o que ele passou durante a mesma). Somente um transplante poderia fazer com que a mulher pudesse ter uma vida normal. E não é que aparece um doador espontâneo? Seu ex-marido, do qual estava separada há sete anos. A atitude de seu ex-marido surpreendeu a mulher, que não teve palavras para agradecer o gesto.

Pois bem: sei que esse não tenha sido o melhor dos exemplos, pois fala de um casal separado. Mas o que é possível colher dessa história é o fato de que a mulher, por mais que tenha se separado do marido, tinha a seu lado alguém que não hesitaria em pôr a mão no fogo por ela. Como uma cidade amuralhada, ela venceu uma doença crônica, graças a um importante alicerce dessa muralha da vida: seu ex-marido.

Amigos, o fechamento de mais um semestre de vitórias implica em comemorações, sem dúvida. Vamos comemorar, pois, com aqueles que tiveram uma colaboração direta para os êxitos desse período: amigos, parentes, namorada, companheiros de jornada de trabalho, etc. Nenhuma tarefa que fizemos, ao longo desse primeiro semestre, saiu sozinha. Houve várias mãos trabalhando junto com as nossas, e não precisa se falar somente do aspecto prático: uma palavra de incentivo, um sorriso, um momento de lazer e descontração, um café... vários pequenos tijolos que solidificaram a muralha intransponível contra os fracassos e tristezas que poderiam aparecer (ou apareceram - se apareceram, os "tijolos" colaboraram para reparar a lacuna provocada por esse momento de dor).

Que essa nossa cidade amuralhada ganhe cada vez mais espaço pra crescer. Pois cada amizade e relação nova que surge no meio do caminho é mais um tijolo ou importante alicerce para a nossa sustentação.

E nada melhor do que aproveitar Julho pra descobrir, nas aventuras de férias, esses novos "tijolos"! Vamos expandir a muralha?

O tema e a crônica estão dedicados a alguém que vai aniversariar no próximo dia 9 de Julho, e que foi (e é) um elemento, um tijolo de grandiosíssimo porte para a construção de minha "cidade amuralhada" diária desde que nasceu: pra vc, meu irmão Adriano!!! Obrigado por tudo, companheiro! Vem comigo!

São Paulo, 04/07/2008. W.E.M.

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