domingo, 11 de maio de 2008

Crônica - Ano I - Nº 27 - "Homenagem aos casais - um tributo aos 25 anos de casados de meus pais (1983-2008)"

Esta Crônica foi escrita no dia 29/04/2008.

A crônica desta semana é na verdade uma homenagem que quero fazer aos meus pais, pelos 25 anos de casados que eles completam exatamente hoje, 7 de Maio.

E, estendendo essa homenagem, faço aqui esta crônica homenageando os casais que já chegaram aos 25 anos ou que ainda estão pra chegar, e caminham a passos firmes.

Já falei em várias crônicas posteriores sobre o valor que eu dou para um casal unido, fiel, seja no namoro ou no casamento. Há duas semanas, assistindo a Missa numa quarta-feira (assisto a Missa todos os dias, de segunda a segunda - é o que me dá força pras jornadas de cada dia), pude perceber que a Missa estava sendo rezada pela intenção de um casal ali presente, que fazia naquele dia 25 anos de casamento. As primeiras seis filas de bancos da igreja ficaram tomadas pelos amigos, que eram católicos e não-católicos. Mas todos, inclusive os três filhos, aplaudindo de pé aquele casal que venceu a barreira do tempo e ruma com um amor forte para a eternidade...

Muitas coisas mudaram, de 50 anos pra cá. Inclusive o valor dado a um casamento bem sucedido. Um amigo meu casado disse que alguém, ao perguntar a ele quanto tempo tinha de casado, quando ele respondeu "Vinte", a pessoa retrucou: "Ainda????Milagre...". Hoje o casamento, para muitas pessoas, virou nada mais do que uma mera cláusula contratual passível de ser rescindida a qualquer momento. Quem não se lembra do jogador de futebol que conseguiu fazer seu casamento durar a "heróica" marca de dois meses, e ao se averiguar a situação, mais a fundo, logo se descobriu que tudo era mero pano de fundo, marketing, para um promover ao outro?...

Muita gente entra no casamento já pensando no divórcio, como mostra o caso acima. E os filhos, então? Antes uma unanimidade como símbolos de um amor verdadeiro, hoje são evitados por muitos da maneira mais descarada possível, muitas vezes só pra atender os prazeres sexuais.

A união, os filhos, o sexo e vários outros elementos fazem parte do casamento bem sucedido. O problema está em deturpar esses elementos, seja suprimindo-os, seja colocando-os como prioridades que não deveriam ser. O casamento é um elo de amor, onde um casal, depois de um tempo se conhecendo através de um namoro sólido e limpo, resolve unir-se pelo restante da vida, pra compartilhar as alegrias e dores e somar forças pra cumprir a missão dada por Deus de fazer o bem sobre a terra. Quem esquece da primeira regra de amor que os noivos se prometem um ao outro olhando nos olhos diante do padre, pastor, etc, para satisfazer interesses egoístas, está condenando a si próprio e ao cônjuge a uma vida infernal, doída, sem alegrias e cheia de devassidão e infidelidade, tristeza.

Meus pais chegam aos 25 anos de casados, graças a Deus. Com muitas discussões? Sim. Com altos e baixos? Sim. Dificuldades? Repito: sim. Porém o amor, a fidelidade, o saber perdoar e esquecer, o recomeçar dia após dia e muitas outras coisas foram capazes de transformar essas pedras no caminho em alavanca de propulsão para o crescimento do amor. É assim mesmo, turma: tem gente que acha que o casório será um passaporte para o "mar de rosas". Comparo-o a uma estrada cheia de cascalho, sinuosa, com penhascos... mas que é a mais rápida para atingir o destino, que é no caso a felicidade. Outras estradas se mostram mais atraentes, de pista dupla, sem pedágios e percalços... mas o seu destino final é traiçoeiro: o abismo. Quem não quer enfrentar percalços, só tenho algo a dizer: vá pra debaixo da cama e fique por lá o resto da vida.

Poderia ficar aqui falando horas sobre o valor do casamento fiel, cumprido com amor e que atinge marcas históricas. Então, deixo aqui meu testemunho pra ratificar esse pensamento: NÃO HÁ NADA MAIS BONITO!

PARABÉNS, MEUS PAIS! O AMOR VENCEU!

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