domingo, 11 de maio de 2008

Crônica - Ano I - Nº 7 - "Dezembro: Fé"

Esta Crônica foi escrita no dia 03/12/2007.

O mês de Dezembro é caracterizado por marcar o início de um período que costuma anteceder o Natal, chamado Advento. Essa palavra significa "expectativa".
E alguns fatos corriqueiros deste início de Dezembro (que, aliás, está eletrizante) trouxeram a inspiração para escrever, desta vez, sobre esse tema que marca Dezembro: Fé.

Vi muita, mas muuuuita fé no último Domingo, na última rodada do Campeonato Brasileiro. Goiás, Paraná e Corinthians brigando até o final para não serem rebaixados. Manifestações de apoio de todos os lados. Bola rolando...

Assisti o jogo junto do "povão", em Santo Amaro (meu bairro favorito), voltando de um concurso público. E o final me marcou bastante. Choro, promessa de jamais abandonar o time... confesso que a tristeza dos corinthianos me deixou de olhos marejados neste último Domingo (calma lá.... também tirei muita onda!).

Ali, caríssimos, eu vi uma virtude de varões: fé. A fé refere-se em crer profusamente em Deus e no que Ele diz... mas também pode ser trasladada para o âmbito temporal: através do otimismo, auto-estima, cordialidade, perseverança naquilo que se faz. É claro: Deus tem mais o que fazer do que ficar de olho em futebol. Porém ali, nas arquibancadas, você pode ver que a galera acaba "puxando" Ele pra torcer.

Como falei crônicas atrás sobre a fidelidade, a fé também anda sendo empurrada pra debaixo do tapete. Cada vez mais você encontra gente querendo se esconder do assunto, que treme feito vara verde quando se fala de Deus. Entretanto, para alguns assuntos de baixo calão não tem papas na língua. "Deus ri de você, se Ele existe", eis uma das desculpas esfarrapadas que pude escutar nos últimos tempos.

Pois aqui fica uma espécie de direito de resposta: eu prefiro ficar do lado de gente que construiu esse mundo que hoje temos e que não abdicaram da fé(Carlos Magno, Dante Alighieri, Leonardo Da Vinci, Galileu, etc, etc...) do que ficar ao lado de soberbos ateus que só souberam, ao longo dos anos, olhar para o próprio umbigo e esquecer dos outros. O que vi no Domingo foi uma prova de que podem chorar à vontade os "ateus" (coloco entre aspas porque tenho certeza de que 99,9% deles são os chamados "ateus, graças a Deus" - deixa crescerem um pouco). Vai passar um monte de coisa, menos a fé de um povo. É o adágio que sempre trago na ponta da língua, e que adoro dizer aos amigos "ateus": se Deus de fato não existe, você está certo, e eu sou um idiota... Agora, se Deus existe, eu tô certo... e você tá frito!!!

O único país que conheço que ousou se declarar ateu foi a Albânia. E que fracasso: foi cercada pela violência e guerras provocadas por um tirano, que o povo fez questão de chutar do poder e, a seguir, limpar da constituição esse ponto. Estão se reerguendo, aos poucos.

Respeito quem ainda prefere se manter ultrapassado, com seu pseudo-ateísmo, mas eu digo: fé é virtude de gigantes, guerreiros, que não temem o raiar de um novo dia, pensando que, se ali for o dia final, não haverá mais nada. Pelo contrário: homens de fé sabem que cada dia é um passo para a Eternidade, e sabem vivê-lo sem medo de nada e de ninguém. Muitos ácidos críticos da fé, como Voltaire, só descobriram isso no leito de morte. Porém muitos descobrem ao virar uma esquina ou na conversa com um amigo, como uma pessoa me contou na última semana.

Corinthianos, fica minha visão imparcial: vocês subirão em 2008. Talvez não tanto pela competência do time, mas sim pela hombridade que sua torcida soube mostrar e que me arrancou aplausos no último Domingo. Parabéns pela fé de vocês. E tenham certeza: tadinho dos que não a tem, pois ficam brincando de esconde-esconde com as mais básicas questões da vida. Vamos ver até quando.

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