quinta-feira, 8 de maio de 2008

Crônica - Ano I - Nº 4 - "Fidelidade: o remédio"

Esta crônica foi escrita em 11 de Novembro de 2007.

Pra começar a escrever esta crônica, recorro a dois recentes episódios que testemunhei:

1-) Certa vez, em uma conversa com uma colega, esta me comentou que estava com a mesma pessoa havia NOVE anos!!! Um amor duradouro!;
2-) Ao voltar de um trabalho de campo, conversando com um amigo, este imediatamente se lembra, às 23 horas de um domingo à noite:"- Wandeco, acabei de lembrar que preciso ligar para minha namorada. Ela me ligou durante o trabalho, e eu fiquei de retornar!!!". Rapidamente se dirigiu a um orelhão.

Pois bem, recorro a essas duas situações recentes pra falar aqui sobre essa virtude que tanto admiro que é a Fidelidade.Essa virtude é fundamental não só para que os assuntos do coração caminhem, como vimos acima, mas também na relação interpessoal em qualquer setor (trabalho, estudo, amigos, etc.). O fiel atrai: as funções podem ser para ele delegadas com tranqüilidade. Sua ação vale mais do que a assinatura de cem tabeliães.O fiel é amigo: sabe, como diz a letra da música do Roberto Carlos, "arrastar uma cadeira" quando for necessário (ou até desnecessário) pra conversar com o (a) amigo(a).O fiel não considera o estudo como um fardo: pelo contrário. A responsabilidade é algo embutido numa pessoa leal. E ele estuda com prazer (e faz os outros estudarem com prazer).

Veio à cabeça tratar desse tema pelo fato de que, ultimamente, ele anda por baixo. A moda é se declarar indeciso, em cima do muro. Não ter personalidade, e engolir a seco tendências e posições muito discutíveis em qualquer âmbito. Casamentos e namoros: os considerados "normais" são aqueles com data e hora pra terminar, os instáveis (e dá-lhe divórcios e separações depois de um ou dois meses de namoro ou casamento, ou então o famoso chove-não-molha: uma hora junto, outra afastado, como se nem conhecesse o outro).

Política, ética, questões de vida? Para muitos, é mais fácil fechar os olhos aos acontecimentos ao redor. Não se posicionam, e rapidamente a falta de fidelidade leva à incoerência e imaturidade, além da covardia.É válido tratar dessa virtude também ao analisarmos os acontecimentos do País e do mundo: guerras, corrupção, crises de saúde e educação, e muito mais. O grande pano de fundo dessas questões não é um ou dois elementos que as protagonizam: é, sim, a falta de lealdade e fidelidade escondidas em cada um desses acontecimentos. Guerra: sem lealdade, é fácil um país defender mesquinhamente seus interesses sem olhar outrem; Corrupção: sem fidelidade e lealdade, muito fácil esconder debaixo do tapete a grana roubada de milhões de pessoas; crises de saúde e educação; sem lealdade e fidelidade aos compromissos de campanha, também é simples ficar indiferente às condições dadas para o âmbito social, etc, etc...

Caríssimos, e o que fazer?É possível reverter esse quadro, quando nos sabemos um parafuso do sistema: do meu funcionamento, as outras peças e parafusos também irão funcionar. E, se há peças podres, aos poucos, com o exemplo e a prática da fidelidade e lealdade em qualquer aspecto (casório, namoro, estudo, trabalho, política, família, entre outros), vamos "colocando óleo", isto é, mudando a atuação de muitos que preferiam se aventurar pelo mau gosto da deslealdade e indiferença.

O mundo está em crise. Mas crise de pessoas que sabem dar valor ao compromisso e palavra dada.Vale a pena nadar contra essa corrente. E ser exemplo, como os dois amigos que citei acima foram para minha pessoa e para essa crônica.

Façamos nossa parte por essa virtude, e assim teremos a certeza de que estamos, aí sim, sendo os verdadeiros revolucionários e rebeldes deste mundo.

São Paulo, 07/05/2008. W.E.M.

2 comentários:

Will disse...

cara, vc é hilário... então, quando vai rolar um fut novamente? vamos marcar uma pelotinha de novo.. abrço e parabéns pelo blog

Prof. Wanderlei Evaristo de Mattos disse...

Olha, eu jogo todo sábado à tarde, das 16 até 18 horas. Basta aparecer no CEPEUSP.

Obrigado pelo elogio. E eu o repasso pra vc: afinal, o blog é seu, também!

Abraço!
Wanderlei