domingo, 11 de maio de 2008

Crônica - Ano I - Nº 22 - "O Sorriso e a Alegria"

Esta Crônica foi escrita no dia 23/03/2008.

Vou aproveitar o gancho de mais uma Páscoa para falar da virtude que deve rechear esses dias pascais: a alegria.

Uma característica marcante do Domingo de Páscoa é o sorriso no rosto de cada pessoa com que cruzei pelas ruas. Para muitos, ficou o lema: "batatas para os problemas: segunda-feira eu resolvo". A reunião com os amigos e com a família fez dar um "off" nas preocupações que poderiam vir.

Muitas vezes nos é custoso dar um sorriso quando mais nos custa, estamos preocupados ou topamos com uma contrariedade. Bato muito na tecla do sorrir, pois quem tem essa facilidade para tal missão não é um bobo: é, sim, alguém que quer compartilhar o que de bom acontece consigo com os outros.

Não há nada que marque mais uma ocasião positiva do que um sorriso bem arrancado, mesmo nas menores ocasiões.

Certa vez, no final de 2007, descendo pelos corredores do CRUSP, encontrei uma pessoa amiga vindo em minha direção, ao longe. E um fato muto legal: um largo sorriso de um para com outro, mesmo a uma distância de uns cinqüenta passos. Bastou um olhar para o outro, que o sorriso prevaleceu. E até hoje eu lembro da ocasião, só pelo fato de lembrar desse sorriso mútuo.

A alegria está em executar e terminar com êxito a tarefa dada, em não ter receio de ser generoso para com o próximo, em servir quando se faz a ocasião, em estar com as pessoas queridas, e muito mais. Alegria não é só bom humor. Vai além: é não ter receio nenhum de manifestar seu otimismo e boas intenções. Com a pessoa alegre não tem tempo ruim: do joio, tira trigo. E sabe exercer muitas outras virtudes que chamam a atenção: paciência, perseverança, laboriosidade, amizade, e por aí vai.

Tenho um livro de cabeceira, que se chama "Caminho" (item tão essencial em minha mochila quanto a carteira). Há um ponto que diz assim (nº8): "Serenidade. - Por que te zangas, se zangando-te ofendes a Deus, incomodas os outros, passa tu mesmo um mau bocado... e, por fim, tens de acalmar-te?". Não quero dizer aqui que devemos estabelecer a politica "água-com açúcar", isto é, sorriso ingênuo para tudo e todos. Não. O sorriso na hora certa e no momento certo, e mais que isso: a serenidade de ânimo. Perder a paz só faria a tempestade piorar. Então... nademos contra a corrente, com um espírito alegre e pronto pro que der e vier.

Com mais esta Páscoa, eis a ocasião para enterrarmos o espírito carrancudo e triste, pessimista, que adora ver espinhos no quintal do próximo ou no dele próprio. Se tem algo que não esteja dando certo, que não está conforme o figurino que você queria, aposte primeiro em um espírito alegre, de bem com a vida. Tenha certeza: uma alma que não passa alegria afasta! E espanta qualquer possibilidade de vitória em qualquer campo, pois a pessoa torna-se uma legítima "pé-fria".

Deixar rastro nesta vida começa com esta lição: serenidade em qualquer ocasião. É dessa maneira que as pedras que chutaremos e tropeçaremos ao longo do caminho (e são muitas) irão se transformar não em choradeira, mas sim em um bom "causo" pra contar. Mais pra frente iremos olhar esses tropeços, e deles diremos: pôxa, se não fossem essas quedas... como eu teria me levantado depois???

Transmita alegria. E assim você conseguirá "sugar" a alegria e as virtudes presentes nos outros e ao teu redor.

Nenhum comentário: