As próximas três crônicas estarão relacionadas ao dia 8 de Março, o "Dia Internacional da Mulher". É importante falar de um tema que está em voga: o "feminismo".
Pra começar conto uma breve historinha, como vim fazendo nas últimas crônicas (mas essa é lenda). Um rei resolveu chamar uma plêiade de cientistas ao seu redor, pois aficcionou-se pelo seguinte desejo:
- Quero a Pedra Filosofal (pra quem não sabe, a "Pedra Filosofal" é uma antiga lenda, que fala de uma pedra que teria a capacidade de transformar tudo que tocasse em ouro - foi a febre dos alquimistas do Século XV).
Assim, esses cientistas quebraram a cabeça, gastaram noites de sono e cálculos, vasculharam arquivos... até que um deles, em certo pergaminho, descobriu:
- A pedra filosofal não pode ser construída, pois já foi. Ela está perdida, nas montanhas ao norte do reino...
Imediatamente começou uma busca em torno desta pedra. Os mais valentes cavaleiros foram em busca da pedra, valendo uma recompensa exorbitante.
Ao chegar ao local, viraram pedra por pedra, testaram, tocaram... nada! Rapidamente começaram a desistir, e a rir da cara do rei. "Realmente é uma mera lenda!"
Quando todos foram embora, um mendigo que passava pelo local percebeu, sem saber da história, uma pedra de tom meio avermelhado. Como ele tinha o costume de pegar pedras no caminho pra não perder o último vilarejo, ele a pegou. E, em determinada parte do caminho, ele ao abrir seu coldre percebeu que as outras pedras tinham virado ouro... Foi correndo até o vilarejo do rei, e ficou sabendo da história da pedra filosofal. Apresentou-a ao rei, ganhou a recompensa e se tornou um comerciante de sucesso no vilarejo.
Essa história relata uma moral: quem não põe o coração no que está fazendo, não chega ao objetivo almejado. Os cavaleiros que correram atrás da pedra rapidamente se desinteressaram, fracassaram. Já o mendigo, que fez com perseverança o que devia fazer, acabou por descobrir a pedra filosofal e mudar de vida. A pedra só se deixou revelar ao que estava com o coração na tarefa que devia fazer.
Faço agora um paralelismo com a situação da mulher. Muitos homens, tal como os cavaleiros, possuiram ou possuem a pedra filosofal em suas mãos. Esta é a mulher. Mas, por não estarem com o coração na missão a cumprir, jogam-na fora. Jogam fora um tesouro de imenso valor. Ou passam indiferentes, fazendo vista grossa ao tesouro que está ali, do lado... e não tomam posse. Vemos essa situação quando nos deparamos com o chamado "ficar". O mero "ficar" (para mim e muitos, sinônimo de "usar") é agir como os cavaleiros: chegam a ter em mãos o tesouro por um momento, porém por não acreditar no mesmo, por não pôr o coração, jogam a pérola literalmente aos porcos... e quando "dá vontade", vai buscar de volta lá no chiqueiro.
A mulher é um tesouro próximo de nós. Como imaginar um ambiente de lar, uma vida de família, uma relação social sem o toque da mulher? Porém há muita gente que transforma a mulher num brinquedo ou mero objeto de desejo, sem considerar que por trás desse belo rosto ou corpo há uma alma, uma vida tão humana quanto a de um homem bem barbado.
A figura do namoro ou casamento sólido está sendo desmanchada justamente por gente de pensamento tão pequeno quanto o dos cavaleiros da lenda. Só posso dizer uma coisa desses tipos: não passam de fracassados. Vivem de momento, possuem um coração tão duro quanto pedra. Os piores vícios aparecem em sujeitos como esses, e a confiança nessas figuras deve ser mínima.
Fica o recado: se você tem (ou quando tiver) a "pedra filosofal" nas mãos, e já percebeu, ótimo. Valorize-a, pois há outros que correriam atrás dela com o quádruplo do esforço. Se não percebeu, ainda há tempo de fazê-lo.
A fidelidade no amor a uma mulher é como a pedra filosofal. Mas é maior: pois existe, não é lenda!
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