terça-feira, 28 de outubro de 2008

Crônica – Ano I – Nº 51 – “Dia de São Judas: Difícil x Impossível”

Dia 28 de Outubro é conhecido por ser dia de um poderoso e popular santo da Igreja: São Judas Tadeu.

É conhecido por “Santo das causas impossíveis”. É impossível? Não dá mais? Chama por São Judas! E não são poucos os testemunhos de intercessão desse querido santo e Apóstolo. Meus pais casaram no famoso Santuário São Judas Tadeu, no Jabaquara, em 1983. Vejo as fotos e agradeço aos céus cada vez que as vejo.

Podemos, pois, aproveitar a ocasião para falar sobre esse chavão que é corrente entre todos os brasileiros: “Putz, essa prova tava impossível!”; “Cara, virar este jogo é uma verdadeira missão impossível!”; “Ah, a mãe esquecer daquilo? Impossível”. Impossível é um termo muito corriqueiro entre nossa linguagem para expressar algo sem chances de acontecer, 0%. E o freqüente uso, não raras vezes, torna o assíduo usuário desse chavão uma pessoa que fatalmente vê impossíveis no caminho, ou alguém que desiste fácil das coisas, não luta, fica estagnado.

Sabemos da brincadeira: quem não utilizou “impossível” alguma vez, taque a primeira pedra. A questão é: o termo “impossível” participa de maneira jocosa ou realista em nossas vidas?

Certa vez, em uma das disciplinas da Geografia, cruzei com uma pessoa que infelizmente tinha ficado de recuperação. Perguntei sobre a prova da difícil matéria. E a resposta foi: “Wanderlei, entreguei em branco! Mal olhei, e puxei o carro da sala. A prova era impossível, e eu mal estudei”. Pois bem: será que era mesmo uma prova impossível? E a luta por fazer o que dava na prova, talvez? E um estudo prévio?

É preciso saber diferenciar difícil de impossível. Dificuldades existem, e muitas. E tornamos as mesmas uma missão impossível quando não colocamos esforços para vencê-las. Infelizmente, um bom número de pessoas acabam se curvando ao termo impossível pela simples falta de luta e auto-ajuda, isto é, uma falta de colocação de meios pela própria pessoa para vencer o obstáculo.

Deus, ao criar cada ser humano, embutiu nos mesmos a liberdade. Ao criar o homem, Ele não quis em hipótese alguma que estes O servissem de forma arrastada, à força, mas sim de maneira espontânea, com um “sim” do fundo do coração. É assim até hoje: ninguém é forçado a crer em Deus ou seguir uma religião: vai do livre-arbítrio da pessoa (e quando esta cede é que há um legítimo exercício do livre-arbítrio, mas essa é conversa pra outra crônica). Falei da liberdade porque é através do exercício dela que nós podemos converter o difícil em possível, ao invés de impossível. Pela liberdade nos mexemos para a batalha, vamos “para o pau”, em busca daquele objetivo ou conquista.

Portanto tudo é possível, sim senhor! Duvidemos dos que levantam empecilhos com facilidade. Já diz o ditado: “a fé move montanhas”. E porque não nós movermos, também, uma cordilheira? Pense, agora, neste difícil assunto que estás envolvido. O que vais fazer: bancar o avestruz e esconder a cabeça do mesmo, ou vai à luta, para resolvê-lo da melhor forma possível? Creio que você seguirá a segunda opção.

São Judas agradecerá, com certeza, o seu empenho: um impossível a menos para ele ir clamar diante de Deus, hehehe... Vai que dá!!!

São Paulo, 27/10/2008. W.E.M.

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