sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Crônica - Ano VI - Nº 191 - "Hoje"


Primeira crônica do novo ano! E ela vem com um título bastante sugestivo para os prognósticos para este novo ano: o hoje.

Uma das quais não posso reclamar sobre minhas atuais férias é de não ter encontrado meus amigos: tenho estado com eles, revendo a turma e pondo a prosa em dia. Pois bem, nessas prosas um ponto que venho batendo, quando me perguntam sobre o que me esperam diversos assuntos, é essa palavrinha chave: o hoje.

E por que o hoje? Pelo fato de, nos últimos tempos, ter pensado demais em amanhãs. Em prognósticos. E nisso confesso que me estrepei. Além disso, anos decisivos se colocam adiante: a chegada aos 30 em 2014, a expectativa de independência (sim, os anos seguintes preveem uma fase mais independente financeira e pessoalmente)... até mesmo a vinda do sobrinho no mês passado ajudou a pensar mais nisso, a olhar com mais carinho para a frente, mas via hoje.

Ultimamente, todas as vezes em que quis fazer prognósticos, especular, sonhar acordado, eu dancei. Seja em assuntos profissionais, assuntos do coração, ideias, planejamentos... Não, calcular em demasia me trouxe mais frustrações que benesses. Entretanto, nas vezes em que quis deixar rolar, onde não parei para especular e fui dar tempo ao tempo, obtive boas surpresas. Em Dezembro passado, por exemplo, onde a aprovação em um concurso inesperado pintou. Ou então naqueles planos de última hora, nos planos bacanas onde não pestanejei para ir lá e fazer. OU ainda: nas vezes onde troquei o amanhã talvez pelo agora, já. "Hodie, nunc", como diria meu santo favorito!

Conforme mencionei na última crônica, 2013 começa com o lema de ser um ano sem tempo a perder. Portanto, é pensar no hoje, no dia que começa como se fosse um capítulo de um livro. O livro nasce exatamente da junção desses capítulos, e assim tem que ser nossos dias: com suas histórias, vitórias, aprendizados, fracassos. Olhar muitas vezes para trás ou ficar voltando em capítulos passados não basta para agora: é olhar adiante através do agora, no que acontece nesse exato momento mirando com isso o futuro. A vida e os mestres (como uma vez me falou meu orientador de mestrado) vêm me ensinando nos últimos tempos que os sonhos concretizados nada mais são do que consequências de nossas ações de agora. Se por acaso paramos essas ações para ficar mirando o que passou ou em longos devaneios, não avançamos. É saber o que se quer e tocar em frente, sem retrocessos. E aquilo que por acaso ficou para trás, se um dia realmente valer a pena, naturalmente voltará a cruzar nosso caminho, por meio do nosso andar adiante que nos levará a cruzar de novo com essas situações.

Que 2013 seja um ano de não sentar à beira do caminho, como diz a canção. Sentamos à beira do caminho quando empacamos na nostalgia de olhar para trás: para trabalhos que não nos deram o devido valor, pessoas que não querem que caminhemos junto a elas, situações de humilhação, dor, tristeza que nos acorrentam em átimos de relembranças. Todas essas situações podem virar pó quando simplesmente... optamos por nos levantarmos e prosseguirmos no caminho, construindo novas histórias, conhecendo lugares, gente, e assim construindo nosso caderno de histórias. Aliás, é o motor que não nos deixa cair em depressões e angústias: é certeza de eficácia contra os maus fluidos viver o hoje, agora, sem parar para remexer o baú do velho, do que já passou e não deve mais voltar.

Vamos viver o agora, o hoje? Temos cerca de novos 350 dias do ano para essa experiência. 350 chances. 350 ocasiões. 350 pessoas, 350 lugares, 350 capítulos, 350 o que quisermos. Basta levantar esse traseiro, olhar adiante e ir. E se por acaso estiver difícil para se levantar da beira do caminho, não tenha receio de aceitar as estendidas de mão que lhe aparecerem para te ajudar a se levantar e prosseguir. Principalmente as estendidas de mão do Chefe, que está sempre por nós e nos quer em pé.

Vem cá, se precisar lhe ajudamos a levantar. Vamos prosseguir nesse 2013, juntos!

São Paulo, 17/01/2013. W.E.M.

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